Por favor, nao vao pensar que tenho o pessimo habito de bisbilhotar conversas alheias- principalmente porque elas raramente sao interessantes- mas certas palavras tem o poder de ligar um circuito no meu cerebro e ...zing!...sem querer ouvir estou ouvindo.
Dois rapazes sentados atras de mim conversavam animadamente sobre "esses filmes novos que as maisons estao fazendo p promover as colecoes". Ah, darling, eu poderia estar com meu Ipod tocando um remix de Xavier Cougat com System of a Down no maximo que nao perderia a deixa magica... blah blah Dior com Marion Co-ti-lla-rd ma-ra-vi-lho-sa ( o rapaz frisou cada letra do nome Cotillard deliciado) em L.A. arrasando na piscina blah blah... ideia maravilhosa, fruto desse mundo Ipad que nos vivemos, como a moda evoluiu nao?...tanta novidade, nao aguentaria viver naquele mundo estatico do passado...blah blah...
E assim ele teceu rapidamente uma teoria de moda, marketing e comunicacao, assim do nada.
Confesso que tive impetos de interromper a conversa amiga e gritar NOVIDADE ONDE? mas como nao grito e muito menos interrompo conversa alheia sem ser chamada,abri minha Hermes e tateei em busca de uma pastilha. Achei o vidro de rivotril "serve", pensei e procurei dirigir meu pensamento para outros panoramas. Adoro imaginar um planeta onde as pessoas nao sao tao amnesicas, me da um certo consolo, quase um cenario sci-fi particular.
Bem, deixando as duas monas em paz, perdao, os dois rapazes, posto aqui o filme-revolucionario em questao, Lady Dior the film e um outro, de 1973 dirigido pelo Richard Avedon com a ma-ra-vi-lho-sa Lauren Hu-tton (ui, me deliciei) para Jun Rope, que nao saia da minha cabeca enquanto eu ouvia a conversa.
Enjoy.
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